É FALSO que urnas eletrônicas possuem “modo fraude”

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Circula nas redes sociais um vídeo afirmando que as urnas eletrônicas poderiam ser habilitadas em um “modo fraude”, que supostamente permitiria que os votos fossem alterados e direcionados a outro candidato. O conteúdo é FALSO.

Para que isso fosse possível, esse modo deveria constar no código-fonte dos programas que rodam na urna eletrônica, os quais são previamente verificados pela Polícia Federal e por entes fiscalizadores.

O conteúdo do vídeo diz que, ao ligar a urna pressionando as teclas “1”, “5” e “9”, o “modo fraude” seria ativado. Nesse modo, a cada três votos, o terceiro seria redirecionado a um candidato pré-selecionado. Caso a urna fosse ligada sem pressionar as três teclas mencionadas, ela funcionaria normalmente, sem alterações de votos e, por isso, as auditorias não teriam identificado essa suposta fraude.

De acordo com Roney Cesar de Oliveira, chefe da Seção de Gestão de Urnas do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o código-fonte das urnas é previamente verificado por partidos políticos, Ministério Público Federal (MPF), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Polícia Federal e por outras instituições fiscalizadoras. Inclusive, neste ano, a Polícia Federal fez uma verificação prévia nos códigos-fonte de todos os sistemas de votação brasileiros.

Os sistemas também podem ser verificados na Cerimônia de Carga e Lacração, que é o último ato em que poderia haver alguma alteração nos códigos-fonte. Além disso, depois de lacrados, os códigos-fonte ficam armazenados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em uma mídia, o que possibilita que sejam verificados posteriormente. “Qualquer alteração nos códigos-fonte, nesse sentido, poderia ser constatada, inclusive, em um momento posterior às eleições, por qualquer partido que fizesse essa verificação”, explica Roney.

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